Hoje é Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, data que teve start em 1996 através do 1º Seminário Nacional de Lésbicas – Senale. Hoje, no sugestivo aniversário de 24 anos do evento, celebramos o amor entre mulheres, um amor sem marido, pai, patria ou patrão. Pudera. Às 18h do dia 29 de agosto de 1996 o Sol, que representa a ordem masculina acabava de se pôr na cidade do Rio de Janeiro, dando espaço para surgir, do horizonte leste da cidade, a Lua Cheia em Peixes. A Deusa do céu, plena, completa, soberana no signo da fertilidade, das delícias, do amor e das benesses. Lua no signo que exalta a Vênus, a outra deusa dos céus, a do amor. Vênus estava em Câncer, signo da Lua, a amava de volta, com desejo e admiração. Vênus jubilada na cada 5 do mapa do Senale. A casa do prazer, do amor e da festa. Quem vê daqui reflete que deve ter sido bem gostosa essa união potente e fértil de mulheres incríveis. Há de se notar, ainda, o outro dispositor da Lua, Júpiter, em queda como hoje, mas jubilado na casa 11 daquele mapa. Como uma ministra, conselheira, mediadora, que recolhe os cacos da violência machista e heteronormativa e transforma em possibilidade, ação e teoria. A mútua recepção com Marte em Câncer reforça essa imagem. Lésbicas do mundo todo, de experiências marcadas pelas dificuldades impostas pelo preconceito, mas também no acolhimento do sentimento que é relação e na luta cotidiana é também identidade. Seminário prolifero, pra dizer o mínimo. Hoje celebramos e somos gratas pela luta das que vieram antes de nós, amando, desejando, e tornando possível a nossa vida. Viva o Senale, o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica e a @cancoes_sapatonas que inspirou esse post. Já segue? Então vá lá agora mesmo e siga. Coisa fina e deliciosa como o amor sapatão.