A Lua míngua na Cabra, pequena, exilada, fria e exausta.

A Lua míngua na Cabra, pequena, exilada, fria e exausta. Como quem dignifica antes de um encontro, a Lua espera o seu júbilo, a casa 3, para encontrar o Sol e com ele refazer os pactos para o próximo período. No instante em que a conjunção acontece, ascende no horizonte de Brasília o signo de Escorpião, regido por Marte que do Touro figura a sétima casa do mapa, os inimigos e também a sexta por cúspide, o seu júbilo. Marte esse que também está prestes a quadrar Saturno e, em seguida, todos os demais que se encontrarão mês que vem no Aguadeiro. Marte exilado sob o signo da Vênus, Vênus acidentalmente dignificada em posição heliacal toma o protagonismo da cena. Quem olhar pro horizonte uma hora antes do Sol nascer vai entender o porquê. O mês tem treta, sim, e das boas. Disputas de competência entre os diferentes escalões do executivo, disputa de poder e de armas. Tem território e ideias a serem defendidas porque os três planetas restantes em Aquário ali se estabelecem em trincheira contra o Marte da obstinação. Tem muito movimento porque a Lunação acontece na casa 3. Parece que vai ser inevitável a retomada escolar mesmo com o vírus em pleno auge de atividades. Há de se ter estratégia, inteligência, perspicácia para sobreviver. Teto, feijão e saúde. Tem época que sobreviver é missão impossível. O mês também tem beleza, arte e escrita. A Pequena Benéfica oriental indica o caminho. É a Vênus Virgínia Wolf, Vênus que precisa de um teto todo seu se quiser escrever literatura. Defenda sua cabeça, defenda seu território e bora pra cima deles.

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📸 Vivienne Westwood