Antes que a Lua saia de seu exílio a Cabra, fica aqui uma lembrança sobre um Aquário de Lua Cabra, talvez a mais popular do Brasil, Zeca Pagodinho. Na métrica da gente que classifica a realidade em boa ou ruim, Zeca é ruim. Desafortunados Luminares em exílio, o centro e o sentimento. Há quem diga o ser desorganizado, o coração de gelo, mas no Xerém, o gelinho é amarelo, desce gostoso e deixa um gosto amargo no final. Zeca é uma instituição carnavalesca. É o jeito como o hemisfério sul saúda Saturno. O frio de dentro contrasta com o calor de fora. A cerveja refresca, mas o álcool esquenta. E nesse fluxo afogamos as mágoas, cantamos a tristeza com alegria.
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Eu soube
Que você anda falando
Que eu vivo implorando
Prá voltar ao nosso lar
Alto Lá!
Guarde a língua na boca
Sua verdade é tão pouca
Como pode ter razão
Se foi você
Quem me pediu perdão
Se foi você
Quem me pediu perdão
Ah! Você não mereceu
Amor igual ao meu
Era prá ser guardado
Você não cumpriu
Os mandamentos
E tanto mentiu
Que conseguiu
Tudo acabado
Vai! Quero viver em paz
Você pisou demais
Meu coração sofrido
Eu volto prá orgia
O meu mundo proibido
De onde eu nunca
Devia ter saído
Eu volto prá orgia
O meu mundo proibido
De onde eu nunca
Devia ter saído