O dia amanhece úmido ainda com os luminares em Peixes e Câncer. Uma leitora ontem me lembrou: como no mapa de Kurt Cobain. Acordei pensando no pisciano nome Nirvana, de acordo com o Google, a eliminação do sofrimento humano através do aniquilamento do desejo. Condição duradoura de satisfação, plenitude e saber máximo conseguida através, veja, da disciplina e meditação. Não é de se surpreender com o fato de Kurt, com seus seis planetas em signos de água, fleumático e à flor da pele, colocasse no Nirvana a sua utopia. Do quinto signo a partir do seu Sol falava a Lua Carangueja, um bebê submerso em água com uma nota de um dólar em sua mirada. No álbum seguinte a metafora ainda mais evidente “In Útero”. Kurt se foi precocemente aos 27 anos, o passo de sua Lua crescente e avizinhada de Júpiter, gigante. Como uma onda, uma enxurrada. Alternâncias distorcidas de versos calmos e explosões repentinas. A Lua em breve vai para Leão e os excessos começam a secar. Deixam só uma pulga atrás da orelha, um sabor de quero mais. Um programa do podcast sobre o Nirvana, será que a gente faz?
