A Lua cresce sob o signo de Câncer, o seu domicílio. Se isso que eu tô sentindo é conforto não quero nem saber o que chamam desconforto. A Lua na plenitude de suas funções nos convida, (pra não dizer obriga porque essa palavra não é da Lua) nos condiciona, por assim dizer, a uma viagem interna por vezes gigante porque o Caranguejo é bicho pequeno, mas dá exaltação a Júpiter, o enorme. E aí que a Lua fez, no último dia, um trígono com Mercúrio em Peixes. Se falaram por telepatia, o meio mais eficaz em dias como estes. A Lua, sem dizer nada, se separa hoje de Mercúrio também sob signo aquático e mudo. Se separa dele e se recolhe concha adentro não fazendo aspecto com mais ninguém até o pôr do Sol quando ela, no auge do céu, vestirá o Leão e se porá para o lado de fora a encenar outras histórias.
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O sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente
É o juízo final
A história do bem e do mal
Quero ter olhos pra ver
A maldade desaparecer
O sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente
É o juízo final
A história do bem e do mal
Quero ter olhos pra ver
A maldade desaparecer
O sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente
O amor será eterno novamente
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Música Nelson Cavaquinho, quem canta no meu ouvido é, claro, a Clara Nunes.
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Foto de Zeng Wo