Infância, infância mesmo foi inventada há muito pouco tempo. Mas o pensamento sobre o que são os cotoquinhos de mini gente existe, é claro, desde quase sempre. Alguns astrólogos antigos diziam que as idades da gente seguiam a ordem caldaica. De 0 a 4 anos, a pessoa é regida pela Lua. De 4 à adolescência, por Mercúrio. Os adolescentes já são de Vênus, os jovens adultos são solares e assim por diante. O infância mais pequena então é de Lua porque os bebês são moles, sensíveis, adaptáveis. São redondos e vivem a vida toda num mês. É breve. Passa rápido. Mas põe em cheque a percepção do tempo. Pra quem tem dois anos, cada dia durou muito mais do que para quem tem vinte e dois. Lua e seu signo, Câncer, correspondem ao bebê e, ao mesmo tempo, à mamãe. Com quatro anos temos um ser humano capaz de inventar histórias, contar mentiras, nos passar para trás. É a idade de Mercúrio, o curioso, o que nada sabe, mas tudo ensina. Mercúrio e seus signos Virgem e Gêmeos. Virgem não parece criança porque é melancólico e o temperamento frio é coisa de velho. Gêmeos já é bem mais infantil. Com todo respeito. Sanguíneo. Criativo. Despreocupado. Sagaz. Não existe Gêmeos adulto porque o adulto vai viver cada um a sua individualidade solar. Gêmeos só existe quando é criança, quando sob o mesmo teto. Sob os mesmos olhos. E olha como apesar disso tudo a astrologia é legal. Tem adulto geminiano. Tem criança capricorniana. Passei o dia de ontem com um nenem de Lua Cabra. Ele gosta de escavadeiras e tratores. Que beleza essa diversidade.
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Na foto eu, neném de Lua em Escorpião, enchendo a cara de coca ks.
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Ao anoitecer a Lua vai para Aquário e humor fica igualmente teimoso mas um pouco menos ranzinza.