Hoje é quinta feira, dia de Júpiter. Escrevo às 6 e pouco nesse breve instante em que o Sol nasceu e a Lua ainda o encara antes de se pôr. A Lua em fase cheia está em Virgem e o principal aspecto que faz durante todo o dia é com Júpiter que está no extremo oposto, Peixes. Lua sob o signo do mínimo, Júpiter sob o signo do máximo. Acordei inundada com as tristes notícias na serra fluminense. Quase todos os dias me mandam direct por aqui me perguntando sobre o papel de Júpiter, o deus dos trovões, em Peixes, o signo das águas, em tais tragédias. Ontem ganhei de presente da @vespertinastrologia uma resposta que guardei no ctrl c do teclado para usar todos os dias até acabar a estação chuvosa: “As chuvas de Júpiter são uma benção, este descaso que é uma doença”. Eu sempre digo que astrologia é sobre destino e não caráter. Isso serve pra um ser humano e também para uma cidade ou um país. A água é uma dádiva, assim como a terra, o Sol, a Lua e todos os 5 errantes. A chuva não leva embora o carrinho de cachorro quente do rico. Nem seu colchão, nem seu teto. Nem seus filhos. Nem seus pais. Só leva do pobre. O nome disso é capitalismo, não astrologia. A astrologia, ao contrário, postula que o céu é o mesmo para todos, igual e particular, sem diferença de raça, classe ou gênero. A astrologia, ao contrário do que muitos pensam, é, ao mesmo tempo, poesia da particularidade. O totalitarismo é muito posterior e oposto ao pensamento astrológico. Eu não posso acreditar que há destino em um massacre, em um genocídio, que há um deus total que permite e se omite a tais abusos. Quem maltrata o povo não é a chuva. Esse sofrimento não vem do céu. Vem da terra e se chama fascismo.