A Lua está no signo de Libra, o signo da mulher que segura a balança, a reflexão, a justiça. Dali a Deusa faz um trígono com Saturno no signo de Aquário, o signo do homem que segura a primeira tecnologia humana, o jarro. Minha vó sempre me disse: vai lá e mostra pra eles que você é gente. As horas do dia se passam humanas e ser humana é trabalhar, disse aquele cara, ser humana é ter consciência da morte, diz aquele outro. Eu gosto das duas perspectivas e, para minha sorte, eu não preciso escolher haja visto que sou geminiana e não libriana. Cada escolha uma renúncia, cada renúncia uma morte e para que serve a arte afinal? Para aprender a morrer, disseram. Para aprender a viver, outros dizem. E talvez as duas sejam a mesma coisa já que cada instante é um passo em direção ao nosso fim. Mas quando signos de ar pensam nisso não deduzem depressão e melancolia. A natureza sanguínea dos signos de ar entende a fluidez das coisas e se contenta com o que há no agora.
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Eu sou Thamires Regina e esse é o noticiário celeste filosofia de boteco desta terça feira, dia dos mortos. Uma saudação carinhosa aos ancestrais de vocês todos.