Às 18h54 a Lua chega ao coração do Sol. A cidade de Brasília, nesse instante, assiste o espetáculo do Sol já posto. O Sol em queda, por sua vez, corrói sua dupla condição de debilidade. Não apenas posto como deposto. O governo cai perante toda a cidade.
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Me lembro do haitiano naquela terça feira de 2020, o Mercúrio em Peixes, a Lua exilada. “Bolsonaro acabou”, ele disse. Lembro também do Gil e sua inigualável Lua em Sagitário: esses caras já começaram perdendo. Pequenos grandes alentos nessa vala que o país se transformou nos últimos 7 anos. Pra não dizer nos últimos 500.
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Às 18h54 do dia de hoje o Sol deposto assiste a ascensão de Júpiter em Áries. Quem olha para o horizonte leste no início dessa noite de hoje o identifica com facilidade. O deus da justiça, o grande benéfico, sob o signo mais quente de Marte, Zeus vestido com as roupas e as armas de Jorge para que seus inimigos tenham pés e não lhe alcancem, para que seus inimigos tenham mãos e não lhe alcancem, para que seus inimigos tenham olhos e não lhe vejam e nem mesmo em pensamento eles possam ter para lhe fazerem mal. Marte que está em Gêmeos organizando a raiva e defendendo a alegria, entra em acordo com Saturno em Aquário, as velhas instituições. O Sol lá do outro lado clama pelo apoio de Vênus, as mulheres, que a essa altura e há muito tempo está em Virgem o que significa que o despreza. Mercúrio novamente tronado em alguma encruzilhada do país também tem suas artimanhas. Sopra ventos retrógrados ou melhor dizendo progressistas no ouvido de Júpiter em Áries por quase perfeita antíscia.
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É previsão, sim. Mas também é oração.
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A arte que versa sobre a Lunação de Libra é da talentosíssima @camilacomumlso. Sorte a nossa.