É da condição humana que tudo tem um início e tem um fim. É do olhar para o céu que a humanidade encontrou paralelos entre o que acontece lá e aqui. É disso tudo misturado com as disputas de poder que, ao longo da história, tantos meses foram criados e descriados, tantos dias eleitos para representarem o início e o fim. Do emaranhado de doideras europeias decidiram que o ano começaria no dia da Circuncisão de Jesus Cristo, ou seja, dia da retirada cirúrgica do prepúcio, prega cutânea que recobre a glande do pênis do Senhor. Mais uns tantos séculos de dominação europeia sobre o mundo inteiro e cá estamos: 31 de dezembro, último dia do ano. Amanhã tem #circuncisão. Ano é invenção histórica, mas que como várias delas, também foi feita com muita gente olhando pro céu. A definição do ano se relaciona com o movimento da Terra em relação ao Sol que gera as quatro estações. A cada quatro estações, um ano. Lembre-se, astronomia e astrologia são a mesma coisa durante a maior parte da história da humanidade de que temos notícia. As estações são marcados pelo Sol, o astro rei, a estrela suprema que nos dá nada menos do que a própria vida. É com base na relação entre nós e Ele que podemos organizar tudo. O dia. A noite. O plantio. A moda primavera verão. E assim por diante. Acontece que nem hoje, nem amanhã rola algo importante a nível de Sol e nem a nível de qualquer outro planeta. É um dia normal. Arroz, como costumo dizer. Por outro lado, Sol anda por Capricórnio, o signo que marca o fim e que é regido pelo planeta que significa a morte. Ali ele permanece por um mês a contar do dia 22 de dezembro último. Estamos nesse tempo e também no tempo na Lunação de Capricórnio desde do dia 26. Para saber sobre esse ciclo leia os horóscopos desses dias. Escrevi lá porque foi lá que algo efetivamente aconteceu como marco de começo celeste. Dito isso, eu desejo a todes um feliz ano novo! Hoje é dia de um olho no peixe, outro na cabra. “Sonhar sim, mas tendo o pé no chão” é frase clichê que descreve o céu do dia. O ano acabou. Eu também tô feliz por isso. Todo ritual de fim é bem vindo porque o Sol está na Cabra e findar é essencial.
