Gosto de pensar que a Lua é sobre como maternamos a nós mesmas. A maternidade é vital, a mãe é quem dá a luz e, para a astrologia, a luz é sinônimo de vida. Assim sendo, o signo sob o qual a nossa Lua estava no instante do nosso parto, a fase, o lugar do céu, ou seja, a sua casa, os aspectos que fazia, que fizera e que viria a fazer durante essa travessia são de extrema importância para a conexão emocional que cada um vem a fazer durante a vida.
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Antes da internet, jovens, nos sebos da vida, eu lia com frequência que a Lua era sobre como maternamos aos outros, como nos doamos em luz, como será nosso temperamento e o nosso jeito quando e se formos mães. Hoje gosto de pensar o sentido inverso. A Lua somos nós recém nascidos. É como nos defendemos do mundo pós e extra útero. Como sobrevivemos aos outros e também, mas principalmente, como nos conectamos à nossas mãe e aos outros e a tudo para que a batalha de permanecer vivo faça sentido, para que se tenha força e motivo.
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A Lua é nossa parcela primitiva, sobrevivente e apaixonada.
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Esse texto foi inspirado pelos aspectos que a Lua faz hoje: a quadratura com Saturno, o frio do nascimento, um sextil com Marte, a luta pela vida e um sextil com a Vênus, os amores e a partilha. Lua em Escorpião quando disposta por Marte exaltado como hoje é ainda mais corajosa que o de costume.
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Foto de Orlando Velezuela