Hoje é dia 23 de abril, dia de São Jorge, dia de comer feijoada de graça nas quadras de escola de samba do Rio de Janeiro. A Lua em Aquário exila o Sol e me coloca a muitos quilômetros de distância da minha terrinha em pleno segundo feriado que eu mais amo na vida. Todavia, os exílios nos colocam em uma situação de aprendizado magnífica e que eu não troco por nada. A imagem que acompanha o post de hoje é uma escultura mixteca lapidada entre os séculos XI e XVI. A “Lápida Lunar” representa a Lua feita vasilha a guardar os líquidos que ela mesma domina. Em seu centro há um coelho, animal símbolo da fertilidade. A imagem que alguns de nós vê como sendo São Jorge estampado na Lua, os mesoamericanos viam um coelho 🐇 que ali havia sido colocado para conter a luminosidade lunar fazendo com que essa não competisse em pé de igualdade com o Sol. El Conejo também é o deus dos borrachos, pulqueros e bêbados no geral. A Lua míngua como se não precisássemos ter clareza de nada. Como se tivéssemos todos um Conejo sobre la piel.
