Hoje é terça feira, dia de Marte que ingressou no signo de Aquário ontem a noite e durante a tarde de hoje faz uma conjunção com Saturno. Esse seria o momento em que eu me valho da mudança de signo de um planeta para escrever exaustivamente sobre ele e ganhar mais likes de seguidores sedentos por ler trânsitos astrológicos que coincidem com aquele de seu mapa natal na ânsia de satisfazerem seu desejo de identificação e ludibriar o verdadeiro auto conhecimento com algumas poucas curiosidades promovidas por esse noticiário astrológico. Acontece que o trânsito é de Marte, não temos tempo para balelas. O ingresso de um planeta em um ou outro signo pouco importam perto dos aspectos que eles fazem entre si. Como numa cena. Quando há mais de um ator, a maior chance é que haja muito mais importância na interação entre eles do que na forma como se vestem. Hoje os maléficos se encontram abrindo mais um ciclo de dois anos marcados por esse diálogo em primeiro grau do Aquário. Para se ter ideia, o encontro anterior foi em Capricórnio, se iniciou em abril de 2018 marcando o início de uma fase de crescente valorização das forças armadas, da belicosidade e da suposta meritocracia. Antes dele, em agosto de 2016, havia sido no signo de Sagitário, marcando o período desvairado de elogio e poder ao judiciário. Antes, agosto de 2014, segundo semestre do segundo mandato da Dilma, período de guerra nas entranhas do poder. Hoje acontece em Aquário como em março de 1992, quando a denúncia do esquema de corrupção do Collor estava a todo vapor, culminando em sua destituição em dezembro daquele ano. Antes, a conjunção dos maléficos em Aquário havia se dado em fevereiro de 1964 junto com o Sol, o governo, exilado, abrindo espaço para a ditadura militar. A Lua anda em Caranguejo. Um olho no passado, o outro nas altas esferas do poder. Nada será como antes. #DitaduraNuncaMais
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