Hoje o Sol faz conjunção Algol, uma estrela brilhante posicionada aos 26° do signo do Touro. Fonte de luz definida como “binária eclipsante”, o que quer dizer que, na verdade, ela composta por dois, talvez três corpos luminosos cujo movimento entre si produz temporário ofuscamento aos nossos olhos terrestres. No caso de Algol, a cada 68 horas e 49 minutos de brilho intenso, ela “pisca” por aproximadamente 8 horas. Isso acontece durante o período em que a estrela mais escura se coloca entre a mais brilhante e a Terra. Quando semelhante evento acontece entre os Luminares, o Sol e a Lua, chamamos eclipse, um apagamento de uma das luzes com significado comumente atribuído a ideia de purificação, isto é, uma morte mais ou menos concreta, mais ou menos simbólica. Como a base do pensamento astrológico está pautado na relação entre luz e sombra, visível e invisível, Algol consolidou a fama de estrela traiçoeira, a mais maléfica do céu. Os gregos lhe interpretaram como uma monstra vingadora, de olhar petrificante e cabelo de serpente. A fama maléfica, no entanto, vinha da tradição árabe iindicada pela origem de seu nome, “ras al ghul”, a Cabeça do Demônio. Alguns afirmam que a palavra álcool tem a mesma base, a substância ativaria o demônio das pessoas, mas essa simplificação me parece um tanto com o proibicionismo puritano. Encontrei uma outra versão na qual “álcool” teria vindo do árabe al-kohul ou al-ghawl, que significa “fino composto utilizado para a maquiagem obtido através da destilação”. Substâncias tão leves que podem dar fim em determinados corpos. “Al-Khul”, “espírito come corpo”. Algol estava constelada no céu da última conjunção de Júpiter-Saturno que ocorreu em 2000 e acabará em dezembro de 2020. Interessante pensar que a transição desse período da humanidade tenha como chave fundamental o Álcool 70% em gel. De maneira que nem toda vida cabe e, muitas vezes, somos nós ou eles. A humanidade ou o vírus, os brasileiros ou o verme. O Sol, o dirigente, busca um trígono com Júpiter, os ministros, os juízes. A Lua, nós, caminhamos para um sextil, começamos a ver essa cena. No meu twitter subiu a #ImpeachmentBolsonaro.
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