Mais fortes do que os açoites dos feitores, são os tambores.

Mais fortes do que os açoites dos feitores, são os tambores.

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Às 22h16, horário de Brasília, a Lua em plenitude de suas funções circulares se encontra com o Sol que com ela se assemelha porque o mês de julho é um manguetown. O encontro é uma festa porque ocorre na casa 5, a casa da arte, do amor, do prazer e das criações. Sol e Lua em samba de roda brincam e brindam, se nutrem, se curtem, se celebram e exaltam Júpiter, o mestre de cerimônias, do meio céu e do ascendente em Peixes. Percebam, que a alma não tem cor, ela é colorida, ela é multicolor. O giro gera torpor, uma entrega semelhante ao álcool, ao mar, ao êxtase e à maternidade. Desde o início da pandemia eu não via uma festança como a Lunação de hoje. Desde que Júpiter entrou em Capricórnio em dezembro de 2019 a desilusão tomou conta da nossa rotina. A Lunação que se aproxima, feito primeira dose à vista, nos coloca a sonhar mais uma vez porque as privações nos mostraram que delirar é necessidade básica. Marte em júbilo e Mercúrio heliacal angular, nesse gira gira muita coisa há de mudar. Na noite de hoje deixe a razão de lado. Se permita desejar o impossível. O faz de conta alimenta a alma.