*Mercúrio em Gêmeos*
Às 12:27 do dia 13/06, Mercúrio entra em Gêmeos. Depois de alguns repetecos no Touro, pede a saideira e bate em retirada direto pra casa. Lar é lugar de sossego. Não, péra! É Mercúrio. Nem em casa tira os tênis alados. Mas, em domicílio, todas as ferramentas estão a mão, o job flui, o passe é de mágica. Fica confortável, a sua maneira: na encruzilhada, no entre mundos, no corre das entregas de mensagens, no “boa noite” às três da tarde. As trocas, os comércios, as negociações… toda forma de comunicação tá no próprio flow.
A ambiguidade mercurial soma-se à natureza dupla do Gêmeos, o ar em movimento, o próprio vento. Mercúrio dignificado lembra o voo de um beija-flor: leve, astuto, rápido, ilusionista. Tentei diversas vezes registrar o voo de um desses, que visita meu jardim todas as manhãs. Tive zero sucessos. Quando via, já se ia… ventava para longe. Um voo meio desequilibrado e inquieto, quase pendular. Sacia-se pra ter mais combustível pra se saciar. Tão humano, não? Certa vez ouvi que ver um beija-flor de pertinho é sinal de boas notícias. Bom, reguem suas flores e aguardem os bons ventos, em todos os sentidos!
Mercúrio tá em casa e a regra é: não há regras. Regra é coisa de Júpiter, com quem dali uns dias faz um aspecto harmonioso. Mas, do trono, o errante dos errantes dá as cartas: agora que eu quero ver, quem é malandro não pode correr. Se for correr, que seja o risco. Se for riscar, que seja o ponto. Se for brincar que seja com as possibilidades de não saber o que vai dar. “Mais vale errar se arrebentando do que poupar-se para nada!”, escreveu Darcy Ribeiro. Certamente, palavras sopradas pelo vento.
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Esse é o passo de Mercúrio, coluna da Viviane Moreira para o Astrologuês Noticiário Celeste @vividiamore