No momento em que escrevo a Lua se encontra aos 27 graus de Capricórnio de onde faz um trígono exato com Mercúrio que se separa da Vênus aos 27 graus de Touro.

No momento em que escrevo a Lua se encontra aos 27 graus de Capricórnio de onde faz um trígono exato com Mercúrio que se separa da Vênus aos 27 graus de Touro. O ponto, visitado há poucas semanas pelo Deus da Guerra, está alinhado a estrela beta da constelação de Perseus. Algol narra no céu o mito da Medusa, aquela que por ter sido sexualmente abusada se transforma em um terrível monstro com cabelos de serpentes e olhar literalmente petrificante. A sua cabeça, decepada por Perseu, continuou sendo letal, dando origem à palavra aegis, égide, escudo. O mito conta que Perseu se desfez de tal artefato talvez por ter compreendido um dos maiores temas do mito: o poder. Pessoas que possuem essa estrela em seu Mapa Natal olham o poder nos olhos. Mercúrio Algol, o do nascimento de Sigmund Freud que em 1940 publicaria postumamente Das Medusenhaupt onde argumentaria que o supremo talismã, a cabeça da medusa, fornece a imagem da castração – associada na mente da criança à descoberta da sexualidade maternal – e sua negação. Mercúrio Algol, Mercúrio Freud, Mercúrio dedicando a vida toda à destrinchar a sexualidade e o poder. Freud explica.