O Sol em Sagitário se refere aos ensinamentos de Júpiter, o grandioso, a Lua Cheia lá dos Gêmeos está mais pra Mercúrio, o minúsculo. A potência dessa configuração celeste é a mesma da Cassia Eller. Já imaginou? Uma sagitariana nascida sob uma Lua Cheia. A força de um cavalo, a astúcia de uma criança, o foco de um arco provido de uma única flecha. O Sol diz que é enorme, a Lua responde que tamanho não é documento. O Sol gargalha boca gigante som de trovão. Jimi Hendrix só precisou de 27 anos pra revolucionar a música mundial. Erundina nasceu 8 anos antes que ele, mas vive, ainda, do lado de cá. Não porque precisasse de mais tempo pra revelar ao mundo a sua força. Mas porque permanecendo inteira e viva, por dentro e por fora, ri da cara do fascismo feito Saturno em Aquário que se aproxima em semanas. Eu já escrevi alguma vez que Sagitário é professor que ensina pela prática, não teoria. É mestre que ri da nossa cara e nos constrange. Hoje é dia de olhar pra Erundina. Você aí no alto dos seus 20, 30 e poucos anos achando que tem direito de desanimar. Uma mulher de 86 anos passa sambando em plena pandemia em seu papavotos e ri. Que vergonha né. Não parece, mas Sagitário pega pesado e, assim, forma caráter. Levanta essa bunda, seus mini anos não são nada perto da história da luta de classes. Sagitário rege as coxas pra manter as cadeiras em requebrado, Gêmeos rege os braços porque Centauro é igual italiano, se segurar as mãos ele não fala. Essa semana foi aniversário da minha tia, a @ana_rybey, que é minha primeira professora, quem me ensinou a escrever e possibilitou que essas palavras hoje chegassem até vocês. Mãe, aluna, professora, aprendiz, mestra e ri da minha cara e ri sempre que pode e ri até quando dorme e assim distribui tapas imaginários que nos fazem lembrar que a vida é curta demais pra se levar a sério.
Foto: Beth Lesser, Jamaica, anos 80.