As medalhas de ouro, prata e bronze foram instituídas nas olimpíadas durante o início do século XX. O ouro como condecoração dos esportistas vitoriosos deu novos contornos para a grega coroa de louro. O ouro e o louro, erva solar, são duas faces da mesma medalha, são duas formas de honrar a autoridade suprema colocando sobre sua cabeça um correspondente terreno do Deus dos céus, o Sol. É claro como a luz do dia, a circunferência dourada sobre o peito celebra o quão forte e irradiante pode ser vida. O Sol estabelece o paradigma astrológico: quanto mais luminosidade, mais forte é a vida. O segundo maior ponto de luz do céu? A Lua. Simbolizada, como é de costume, pela prata, à sua semelhança. Em terceiro lugar, quem olhar o horizonte depois do pôr do sol de hoje verá, vem a Vênus, a pequena benéfica de brilho singelo e fascinante. À Vênus, os antigos dedicaram o cobre, principal minério na liga do bronze, um belo tacho de fazer doces apaixonantes. Ao trazer uma medalha de ouro, uma de prata e uma de bronze para casa, nossa taurina @rebecarandrade alimenta a sua própria sorte, cumpre seu devir luminoso e enorme e nos faz ter mais vontade de viver e de brilhar. Como se sente por ter vencido Simone Biles? Me sinto a mesma, ela responde. Resposta de quem está conectada consigo mesma e com seu próprio destino. Com ouro, prata ou bronze, não há nada melhor do que ser nós mesmas e eu desejo a vocês e a mim nunca esquecer essa lição do primeiro dia dessa Lunação de Leão.
