Ritualizar.
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Essa é a palavra que a Lunação da Cabra me traz à mente. Ritualizar o luto. Ritualizar o amor. Ritualizar o fim. Ritualizar o começo. Ritualizar as passagens, os caminhos, as travessias.
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Ainda que hoje se pareça consideravelmente com a terça passada, mudamos. Porque a vida é insuportável sem imaginar rupturas e recomeços. Porque é tempo de Capricórnio e Capricórnio é o signo mais radical de Saturno, aquele que representa o fim.
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E imaginar é pouco quando falamos de Saturno. O fim do ano. O novo início. É preciso fazer festa. Nem que seja miúda. Nem que seja interna. Os jovens acho que não ligam pra casamentos e funerais. É chato. Dói. É ruim. É brega. Faz chorar. Mas basta o fim de alguém que faz parte do que somos para que a função do ritual se apresente nítida diante de nós. Não dá pra começar sem acabar. E quanto mais forte o que se pretende iniciar, mais bem acabado, dentro e fora de nós, o anterior precisa estar.
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A Lua encontrou o Sol entre as casas 8 e 9 no último domingo como quem finda e, logo em seguida, cai noa braços da Vênus, a festa, sob o signo de Capricórnio, a seriedade, na casa 9, as instituições superiores. É uma festa solene, tradicional. Presidida por Saturno em seu trono diurno lá no alto do céu e acompanhado de Júpiter igualmente domiciliado e jubilado em Peixes. A festa tem regra, tem brinde e tem pompa.
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A cauda do dragão conjunta ao ascendente de Brasília e também à parte da Fortuna (que sempre está no ascendente quando da Lua Nova) indica que a sorte está com quem aperta o nó do eclipse. Quem bem acaba pra poder começar.
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Ritualize bem ritualizado. Coloque sua vida na métrica do Tempo. A arte que inspira essas palavras é da @caminha.camila_. A sorte de deitar os olhos sobre suas linhas é toda nossa.
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Feliz ano novo!