Se a Lua quando vai do Escorpião para Sagitário vai tão fundo que vira do avesso…

Se a Lua quando vai do Escorpião para Sagitário vai tão fundo que vira do avesso, o Sol quando faz esse percurso celeste vai tão fundo que sai do outro lado: o oriente. Contam que a imagem do centauro foi forjada sobre perspectiva mesopotâmica e grega sobre os povos que vinham de arco, flexa e cavalo da região da Mongólia. Uma mistura de medo e fascínio compõe este signo astrológico. Um povo essencialmente nômade que sobre pernas cavalares conhecem todo o mundo e de lá trazem sabedoria, o conhecimento, a ciência, a mais fina arte e o mais bárbaro hábito. De língua ininteligível, com quatro patas e dois braços esvaziavam estoques de cidades inteiras. O humano e o animal em uma só figura feito mestre Jacquin, a patada se funde à alta gastronomia. O que nos diferencia de um cavalo? E o que nos assemelha? Sagitário representa a filosofia porque nos põe a pensar no que é real, o que é imaginário e o que é imaginário e, não obstante, real. Sagitário é o marco civilizatório e ao mesmo tempo barbarizatório. Uma mulher de leis, um homem de estudos, uma criança que aprende a ler para ensinar seus camaradas. Um refugiado que faz do mundo o seu lugar, e se desprende, se joga, se vive livre deixando para trás o passado entorpecido Lacrau e evitando o futuro inevitável fim. Sejam bem vindas à season sagitariana. Não há regras. Mas experimente só desligar o freezer a noite.

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